segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Simples mas presente

Acordei com um grito nas notícias matutinas: "DILMAAAAA!" Ganhou, pensei enroscando-me num sorriso transformado num suspiro de alívio. Ganhámos. E adormeci de novo no feriado chuvoso.
Um grande abraço, Ana Paula Motta deste lado do Atlântico, é uma verdade batida, mas o dia de amanhã é forçosamente melhor que o de hoje.



para ouvir ao som de


o café pela manhã estava a fumegar e ele impaciente. não tinha tempo para esperar que arrefecesse. saiu batendo com a porta sem se despedir da mulher e esquecendo que tinha de levar a filha à escola.

Este podia ser o início de um outro conto do meu livro agora entregue nas mãos do editor, a sair em breve no mercado, cuja temática é violência doméstica.

Erradamente pensa-se que é um tema no feminino, mas sobre isso, escrevi abundantemente no meu romance. Hoje quero falar de outra mulher - Dilma. Não pensem que por ser portuguesa não me sinto feliz e honrada por uma mulher ter sido eleita presidenta no Brasil. O mundo é cada vez mais global e das mulheres! Não somos mais o sexo frágil, nem a imagem da esposa dedicada que fica em casa a coser meias ou a escovar o fato do senhor seu marido existe. Hoje muitas vezes fazemos uma simples tosta e seguimos o dia corrido.
Como cantava o poeta, o mundo pula e avança, era o que dizia, sempre que um homem sonha, como bola colorida entre as mãos de uma criança. Pois é como me senti hoje. Dilma venceu as eleições. Aninha e eu completámos uma longa tarefa conjunta com o oceano pelo meio alinhavada pela net e alimentada com muito carinho (mas sobre isso, faremos em breve um post em conjunto, prometemos).

Tosta Mista (inventada)


2 fatias de pão bem consistente
fiambre
queijo
rodela de tomate
fio de azeite
oregãos e pimenta q.b.
malagueta verde em pickle
Todos os ingredientes bem prensados dão uma tosta mista com um sabor reinventado (a chamar os sabores italianos) que faz as delícias dos mais gulosos.

2 comentários:

Ana Paula Motta disse...

Estava agora há pouco vendo o jornal da Record e meu filho Pedro me perguntou se eu estava chorando. Estava; porque a tortura é um ato horrendo e ver um grupo de mulheres retornar ao presídio onde foram barbaramente torturadas junto com a Dilma Rousseff foi demais para mim. Acho que a Ana escolheu muito bem as palavras para definir nossa hoje eleita presidenta,parabéns para nós todas.
Ah, adoro tosta mista que aqui chamamos misto quente e essa me parece uma delícia.

Ana Martins disse...

engraçado falares no teu Pedro. Há dias o meu filhote Pedro via nas notícias um grupo de apoiantes que diziam "Dilma! Dilma!" e ele perguntou se era uma dos Flinstones, porque cá em Portugal a personagem ter um som parecido (Wilma Flintstone)e acabei por me sentar e explicar que era o nome da próxima pessoa a ser eleita, conceito que entende, e a lhe mostrar imagens no google e adivinha em qual se fixou?, na que colocaste no teu post, na que deu origem ao ícone de DILMA. Até para uma criança essa é a imagem da campanha que fica.

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