domingo, 9 de dezembro de 2012

Ceia de Natal

A Ana Paula trouxe um conto natalino 
"A velha chácara" 

Depois de um ano difícil, os últimos três meses trouxeram mais que alívio, trouxeram alegria. Não iria deixar passar em branco os dias de felicidade, o Natal era a data ideal para comemorar. “Faltam ainda dois meses.” Encomendou um serviço de jantar e chá para vinte e quatro pessoas, moderno meio quadrado, mas com florzinhas cor de lavanda como louça antiga. Combinaria com a baixela azul pombinho. Chegaria daí a sete dias. A maior ousadia não seria comprar louça nova e sim ressuscitar a velha chácara. Contrataria umas três faxineiras para ajudá-la e um pintor para dar um jeito nas paredes. Poderia montar o presépio e a árvore de mais de dois metros encontraria uma sala à altura. A casa era rústica, simples, mas se impunha pelo tamanho. Três salas, seis quartos que abrigaram seus bisavós e os quatro pares de filhos, além da chamada dependências dos criados que eram maiores que a maioria dos apartamentos de hoje em dia. Não nasceu para viver em apartamento, a falta de privacidade, o tamanho reduzido dos espaços, a falta do “lado de fora”, tudo a desagradava. A festa de Natal era apenas a primeira parte do plano. Aos poucos deixaria a velha chácara com cara de lar. Perdeu-se nos pensamentos, pegou-se pensando em detalhes, quem dormiria no casarão depois da ceia, quem ocuparia quais quartos.
Com certeza Elisinha não dormiria lá com o marido, já que o almoço do dia seguinte seria em sua casa e não podia dormir fora, essa seria sua desculpa. Maria Isabel não esconderia o desagrado com o cheiro de madeira antiga e reclamaria de alergia. A cunhada provavelmente inventaria uma desculpa qualquer. Só ela, o marido, os casais de velhos (os sogros e seus pais) e os adolescentes iriam aprovar a ideia. Espaço não seria problema. Pegou o telefone e anunciou a decisão. “Amor, preciso do telefone do pintor, vou chamar também o Seu Manel da carroça, precisamos ajeitar a casa da chácara.”. 

 

A reforma improvisada chegou ao fim poucos dias antes do dia 24 de dezembro. A árvore foi armada e enfeitada a tempo, a velha porta de carvalho ganhou uma guirlanda à altura, a varanda ficou bonita com luzes e festões nas colunas de madeira. O salão foi encerado, assim como as salas menores e a de jantar. O assoalho dos quartos, apesar de sem brilho cheirava à limpeza e as camas ostentavam lençóis novos e brancos. Durante dois dias a ceia foi preparada com carinho e ansiedade. Os dias correram com o entra e sai das mulheres da família, em meio a dúzias de ovos, frutos secos e castanhas. O velho forno do fogão à lenha esmaltado descansava e servia apenas como estufa para os assados. Às dez da noite todos já se encontravam na velha casa. Os presentes foram postos ao pé da árvore, as crianças corriam e os adolescentes riam alto quebrando a tensão dos adultos ainda desconfortáveis com o clima de perfeição imposto pela ideia de Alice. Um temporal de granizo desabou e trouxe goteiras inesperadas. O incidente não causou irritação, serviu para quebrar o gelo e aproximar as irmãs que corriam atrás de panos para secar o chão e espalhavam baldes pelo salão.
A ceia foi servida à meia noite, os presentes trocados com abraços apertados e sinceros. Vicente de gorro vermelho e barba branca quase convencia no papel do bom velhinho. A chuva torrencial alagou muitas ruas, para alegria da anfitriã todos resolveram dormir na velha casa. As crianças e adolescentes juntaram-se num mesmo quarto, os outros foram divididos entre os adultos, o quarto extra- antiga sala de costura- teve que ser usado. Às cinco da manhã Alice comia rabanadas com café e observava o trenzinho que corria ao redor da árvore, tinha acordado meia hora antes com o barulho dos trovões. Sorria distraída e satisfeita, ganhou um abraço de Vicente que veio buscá-la para levá-la de volta para debaixo das cobertas que rescendiam a sândalo.

A Wal trouxe as Rabanadas 




INGREDIENTES

1 pão de rabanada ou baguete 
1/2 litro de leite 
2 colheres de açúcar ou mel 
casquinhas de um limão 
 ovos levemente batidos 
óleo para fritar 
açúcar e canela para polvilhar 

Corte o pão em fatias grossas.
Ferva o leite com o açúcar ou mel e a casquinha de limão. Espere amornar. Passe o pão levemente pelo leite e depois nos ovos. Frite em óleo quente e escorra. Polvilhe com açúcar e canela. Pode regar com um pouco de vinho do Porto.



A Ana Paula trouxe o seu Presunto Caseiro 
Tome uma perna de porco, retire os ossos pela parte de trás, dando talhos profundos e deite em salmoura durante dois dias.

SALMOURA PARA PRESUNTO

1k de sal
250 g de açúcar mascavo
125 g de salitre
1 1/2 litro de água
25 g de plantas aromáticas (como louro, salsa, mangerona, etc.,) amassadas.

Misture tudo e empregue. Depois de 2 dias, retire o presunto e lave muito bem em água fria Enxugue e apare uma parte de gordura, deixando apenas uma camada de 2 cm de grossura. Introduza no lugar dos ossos plantas aromáticas picadas. Cubra a parte magra com fatias da gordura retirada e deixe de molho durante uma noite na salmoura cozida abaixo.

SALMOURA COZIDA

Tome 2 xícaras de vinagre,
2 de vinho branco e 1 cálice de madeira,
25ng de sal,
5 grãos de pimenta socada,
1/2 dente de alho e um pouco de louro, cravo,etc.

Misture tudo, dê uma fervura, deixe esfriar e empregue. Escorra, deite o presunto numa assadeira, polvilhe com açúcar e regue com meia garrafa de vinho branco e 1 cálice de Madeira. Leve a assar no forno, regando sempre com a própria gordura. Depois de 2 a 3 horas de forno, deve estar pronto. Retire o barbante, os temperos colocados no lugar dos ossos, desengordure o molho e sirva quente ou frio. 

A Tamara trouxe o Pavê de Damascos

INGREDIENTES

1 caixa de biscoito champanhe (palitos La reine)
2 latas de leite condensado
1 lata de creme de leite
500 ml de leite integral (gordo)
4 colheres de sopa de amido de milho
1 copo de guaraná
400 g de geléia de damascos
50 g de damascos secos

CREME

Misture numa panela e cozinhe bem as duas latas de leite condensado, o leite integral e o amido de milho . Assim que estiver pronto, apague o fogo e acrescente o creme de leite . Mexa rapidamente e reserve.





MONTAGEM

Molhe rapidamente os biscoitos champanhe no guaraná. Arrume-os num pirex. Coloque metade do creme sobre os biscoitos. Molhe rapidamente um pouco mais de biscoitos e cubra a camada de creme branco no pirex. Coloque o restante do creme e deixe esfriar. Frio, despeje toda a geléia de damascos sobre o creme branco e decore com os damascos secos. Deixe gelar por 3 horas.

Comentários Úteis (rsrsrsr)

O creme de leite que a Madame Sucralose acrescenta no creme de leite condensado pronto, dá uma leveza inacreditável... uma textura de sobremesa fina, de boutique! A geléia de damasco pode ser industrializada, dos potinhos que se encontram a venda nos supermercados... ou pode ser feita em casa, com um pouquinho mais de paciência (e tempo) fica igualmente deliciosa. Pavê com biscoitos champanhe muito molhados perdem todo encanto. Deixe suas visitas terem o prazer de identificar o que estão degustando, sem maiores surpresas .... Acredite, o damasco já tem um sabor suficientemente sofisticado para “brigar” com o sabor de um biscoito dando show de calouros no pirex .... Molhe ligeiramente o biscoito no guaraná, conselho de amiga

A Natália trouxe o Tronco de Natal 


INGREDIENTES

300 g de açúcar
200 g de amêndoa em pó
50 g de farinha
10 ovos
margarina para untar
papel Vegetal

PARA O CREME

400 g de chocolate em barra
50 g de açúcar
2 dl de natas
0,5 dl de leite
1 colher (sopa) de manteiga

Comece pelo creme:
Leve um tacho ao lume com o açúcar, o leite e as natas mexendo de vez em quando até ferver. Retire do lume, junte o chocolate previamente picado e a manteiga e mexa até que o chocolate fique totalmente dissolvido. Reserve. Forre dois tabuleiros com papel vegetal e unte-os com margarina. Ligue o forno a 180 graus. Numa tigela grande, bata as claras em castelo firme com o açúcar, junte as gemas, mexa, adicione a farinha peneirada com a amêndoa em pó e envolva cuidadosamente até ficar sem grumos. Coloque 1/3 da massa num tabuleiro e a restante noutro tabuleiro. Leve os dois tabuleiros ao forno, o que tem menos massa aproximadamente 12 minutos e o que tem mais massa cerca de 17 minutos ou até que fiquem cozidas e douradinhas. Retire do forno, desenforme, barre ambos com um pouco do creme ainda morno de modo a ficar uma camada muito fina e enrole com a ajuda de um pano. Deixe arrefecer, apare a torta maior e corte a mais pequena. Disponha as metades da torta pequena de lado de modo a fazer o tronco, barre tudo com o resto do creme e sirva enfeitado com decorações natalícias.

A Natália trouxe também o Lombo de Porco Recheado com Ameixas Pretas  



INGREDIENTES

600 g de lombo de porco limpo
 8 ameixas pretas, sem caroço
 1 colher (chá) de flor de sal
Pimenta preta acabada de moer q.b.
1 ramo de alecrim
2 dentes de alho
2 colheres (sopa) de azeite
Sumo de 1 laranja
Fio de cozinha

INGREDIENTES PARA O PURÉ DE MAÇÃ

4 maçãs reineta
2 cravinhos
1 casca de limão
1 dl de água

Confeção

Aqueça o forno a 180ºC. Corte o lombo ao meio de modo a obter um bife grande. Espalhe sobre ele as ameixas, feche de novo o lombo, ate-o com o fio de cozinha e disponha-o numa assadeira. tempere com flor de sal e pimenta, o alecrim, os alhos descascados e esmagados, o azeite e o sumo e a casca da laranja. Leve a carne ao forno durante 45 minutos, virando-a uma vez por outra e regando-a com o próprio molho. 

Confeção do Puré

Descasque a maçã, corte-a ao meio, limpe-a de sementes e corte-a em gomos grossos para um tacho. Junte-lhes os cravinhos, a casca do limão e a água. Tape e deixe ferver durante 15 minutos. Ao fim desse tempo, elimine os cravinhos e a casca de limão e reduza tudo a puré. Reserve em local quente. Quando o lombo estiver assado, retire-o do forno e sirva-as com o puré de maçã. Acompanhe com massa ou arroz integral.


A Ana Martins trouxe o seu Bacalhau com Natas 

INGREDIENTES

2 postas de bacalhau grandes
1 kg de batatas
3 cebolas grandes
1 l de leite
2 pacotes de natas
sumo de 1 limão
2 colheres de sopa de farinha
1 colher sopa de manteiga azeite e folhas louro sal, pimenta, noz moscada q.b.

Coze-se o bacalhau, arrefece-se e depois limpa-se de peles e espinhas e separam-se em lascas generosas. Fritam-se as batatas em cubos largos, alourando só. Cortam-se as cebolas em rodelas muito finas e deixam-se em lume brando em azeite, com uma folha de louro, até esbranquiçarem. Paralelamente vai-se fazendo o molho branco. Junta-se as lascas de bacalhau, tempera-se de noz moscada (eu gosto de colocar uma malagueta) e salteiam-se, só depois as batatas mal fritas e envolve-se para continuar a saltear. Ao molho branco junta-se as natas e reajusta-se o tempero (sal, pimenta, noz moscada e sumo de limão). Deita-se num tabuleiro de forno, rega-se com o molho (eu gosto de o envolver) e vai ao forno meia-hora em forno médio. Deixe o gratinado lourinho. O tabuleiro pode ir à mesa e acompanhe com uma salada verde (eu gosto de servir apenas alface estaladiça e sem tempero)

A Caroll trouxe o Merengue de Morango 


INGREDIENTES 

1 kg de morangos
1 kg ou 4 caixas de morangos frescos picados
4 discos de suspiro (caso não encontre os discos, você pode comprar mini suspiros, mais ou menos 3-4 pctes) – encontra-se em padarias
1 caixa grande (1kg) de chantilly batido (eu uso o da marca Amélia e as instruções de como fazer estão na embalagem, super fácil!)

Em um recipiente (no caso dos discos pode-se usar prato de bolo; no caso dos mini suspiros pode-se usar uma grande taça ou tacinhas individuais) vá intercalando todos os ingredientes: 1 camada de suspiros, 1 de morangos, 1 de chantilly. Termine com uma camada de chantilly e decore com morangos. Essa receita não é tipicamente natalina, porém, aqui em casa é tradição! Todo Natal tem! E todo mundo adora!

Dica: se você usar tacinhas individuais, dê uma quebrada nos mini suspiros!

Sugestão final: Quem fizer com os discos (tipo bolo) pode cobrir tudo com chantilly, como se fosse um bolo mesmo! Dá até para confeitar!!!

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