Mimos de infância

Na semana passada, graças a um número de feriados seguidos, dois mais um dia livre, tive umas mini-férias. E mais uma vez, lá fui até Paris matar saudades.

O que eu mais gosto de ver ou rever, além de tudo o que é museu, jardins, monumentos, são os mercados de rua. Já era assim na minha infância! Os "marchés" eram lindos, odoríferos e coloridos. Tal como este pedacinho onde atentei a minha objectiva nas cerejas. E que enormes que elas são!

São óptimas ao natural: grandes, doces e sumarentas. Quando se começa a comê-las e com dificuldade que se pára. Esta semana a minha mãe disse-me que quando estava grávida de mim (aqui em França, país onde nasci) que comeu muitas muitas. Eu também as adoro.

Hoje deixo-vos com uma receita de doce de cerejas, que a minha mãe costumava fazer.

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INGREDIENTES:

500 g de cerejas descaroçadas
500 g de açúcar

PREPARAÇÃO:

Lavam-se as cerejas, tiram-se os pés e os caroços. Pesam-se e reserva-se igual peso de açúcar. Dentro de uma panela de ir ao lume, dispõem-se camadas alternadas de cerejas descaroçadas e de açúcar, e deixa-se repousar a mistura por algumas horas, para que o açúcar se vá dissolvendo no sumo das cerejas. Em seguida, leva-se ao lume a mistura e deixa-se ferver, até que a calda esteja em ponto de rebuçado, mais ou menos alto conforme se quiser dar mais ou menos duração ao doce.

Tertúlia de junho

Quando criamos esse blogue a intenção era mesmo essa: um lugar onde nos sentiríamos “em casa” como em nossas cozinhas.

Cozinhar e contar histórias são paixões que cultivamos.

Eu adoro cozinhar tendo alguém por perto, não para me ajudar na cozinha, mas simplesmente para conversar enquanto cozinho.

Gosto de cozinhar para mais alguém além de mim, gosto de criar pratos para quem eu amo.

A cozinha remete ao conforto ancestral, coisa bem antiga, pessoas à beira do fogo.

Para aquecer a alma, um bom caldo verde, à minha moda.

Caldo Verde

1 molho de couve picada fina

500g de batatas

1 paio (ou outra lingüiça da preferência)

50 g de toucinho defumado

1 cebola

Refogue a cebola com o toucinho e escorra o excesso de gordura. Junte as batatas e um litro e meio de água, sal a gosto e o paio cortado as rodelas. Assim que as batatas estiverem cozidas, amasse-se bem e junte mais água se necessário, corrige-se o sal e junta-se a couve, ferve-se por um minuto.

Pronto!!

Tradição e torta de limão

Eu escolhi uma foto de uma cidade mineira para ilustrar o post porque me remete às boas tradições. Nem tudo que é “tradicional” é bom, mas nesse caso é uma saudável tradição.

As festas de Corpus Christi são muito bonitas e repletas de significados nessa parte do país. Por aqui não mais.

Surpreendo-me com a novidade: por aqui é um meio feriado. Pressão do comércio por conta do Dia dos Namorados (data de vendas aquecidas) e de uma prefeita fundamentalista evangélica.

Arg, que nojo. Duas coisas que me são difíceis de engolir: gente que só pensa em dinheiro e quem não respeita as tradições populares e religiosas por conta de preconceito.

Saudades de uma Campos que já não existe mais. Viramos um poço de pobreza cultural, de cafonice, uma terra arrasada.

Entre a irritação e o ócio (felizmente não sou comerciária e nas escolas estaduais é feriado) resolvi ir para a cozinha preparar uma delícia altamente calórica.
Dê-me um limão e faço uma tarte.

Torta de limão
1 pacote de biscoito Maria
50 g de margarina derretida
1 lata de creme de leite (natas)
1 lata de leite condensado
1/2 xícara de suco de limão coado
raspas de limão para decorar.Bata o biscoito no liquidificador.
Em uma tigela grande junte o biscoito e a margarina derretida. Forre os fundo e laterais de duas formas de vidro (médias) e leve ao forno alto,Enquanto isso bata o leite condensado, o creme de leite e o limão no liquidificador.
Depois de 10 minutos, retire as formas do forno e cubra com o creme de limão. Enfeite com as casquinhas de limão e leve a gelar.